O que não se mede não se pode gerir, e o que não se pode gerir não se pode melhorar. Esta máxima também se aplica à sustentabilidade.
Medir os impactes é o primeiro passo de uma gestão eficiente da sustentabilidade. A Avaliação Ciclo de Vida (ACV), ou Life Cycle Assessment (LCA) em inglês, é a ferramenta a usar quanto se pretende quantificar a pegada de um produto ou processo. Estes são avaliados por meio de indicadores, por exemplo, a pegada de carbono é o indicador mais conhecido e que traduz o impacte ambiental da categoria climate change, mas existem outras categorias de impacto como a eutrofização, a acidificação, a toxicidade humana, entre outros.
A ACV, numa visão integral de toda a cadeia de valor, avalia os impactes desde a extração até ao fim de vida – “cradle to grave”. Com esta abordagem consegue-se identificar as etapas da cadeia mais impactantes e os factores que mais contribuem para a pegada.
No entanto, também é possível restringir a fronteira. Avaliações “cradle to gate” ou “gate to gate” também são usadas, dependendo dos objetivos do estudo.
Com base nos dados obtidos na ACV é possível identificar os hotspots, as oportunidades de melhoria e definir acções que visem a neutralização dos impactes.
A ACV dá acesso a dados cruciais para se desenhar e implementar estratégias de sustentabilidade, e que sejam eficazes nos resultados e eficientes no uso de recursos. Esses dados vão permitir perceber quais os fatores que mais contribuem para a pegada (energia, transporte, materiais, resíduos, etc) e em que etapa se encontram os maiores impactes: na supply chain, na transformação, na distribuição, na utilização ou no fim-de-uso. E com esses dados podemos formular análises racionais de sustentabilidade do negócio, com foco, aliando o ambiente e o negócio.
A ACV, além de fornecer informações cruciais para a gestão de topo, também pode ser uma excelente ferramenta para outras áreas do negócio:
A Avaliação do Ciclo de Vida segue uma abordagem standardizada das normas ISO 14040 e 14044.