• admin
  • Economia circular, Inovação, Negócio, Sustentabilidade
  • No Comments

5 Tendências de Economia Circular para 2021

A Economia Circular tem sido a aposta da União Europeia na persecução de uma Economia Verde. Os sucessivos incentivos e normas legais, assim como a vontade das empresas em proteger e reabilitar o meio ambiente, provocam a adoção de novos modelos de negócio. Em 2021, o mercado português pode contar com:

  1. Sistemas de reutilização de embalagens

Cada vez mais empresas vão adotar sistemas de reutilização de embalagens. A Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, detentora da Sagres, Luso, entre outras marcas nacionais, criou a Drinkies 360, permitindo a reutilização das garrafas utilizadas no embalamento. As bebidas engarrafadas são entregues em casa dos clientes numa grade e, aquando da próxima encomenda, esta é recolhida com as garrafas vazias no seu interior e o valor do depósito pago inicialmente é devolvido à conta do cliente.

Também outras lojas online de produtos sustentáveis têm optado por reutilizar as embalagens que os clientes lhes enviam, como a Mind the Trash e a Do Zero. Além destes, podemos também esperar o surgimento de modelos de reutilização no setor da cosmética e higiene pessoal e no setor alimentar, devido ao Pacto Português para os Plásticos.

  1. Adoção de energias renováveis

A aposta em energias renováveis permite que o impacto ambiental da empresa diminua através de processos de produção mais limpos.  A escolha por fontes renováveis significa escolher uma fonte de energia que é infinita e que não sobrecarga o ecossistema com poluição ou com a extração de combustíveis fósseis. Por este motivo, a tecnológica Critical Software, uma das principais tecnológicas portuguesas, decidiu trocar o seu fornecedor de energia pela Coopérnico, uma cooperativa energética de produção descentrada de energia solar.

Caso a adoção de energias renováveis passe pela instalação de infraestruturas próprias, para autoconsumo, haverá uma redução na fatura da energia. Ainda que instalar uma fonte de produção interna possa parecer sinónimo de incorrer num investimento avultado, existem opções alternativas. Pode-se recorrer a empresas, como a Solcor, que se encarregam de todo investimento da instalação para autoconsumo, celebrando um contrato de média/longa duração no qual o cliente compra a energia solar produzida a um preço mais baixo do que a energia da rede. No final do contrato, o cliente torna-se proprietário da instalação solar e beneficia de 100% das poupanças geradas!

  1. Reciclagem do plástico

O Pacto Português para os plásticos, que visa acelerar a transição para uma economia circular para os plásticos em Portugal, promete que todos os plásticos serão recicláveis até 2025. Desde o início da sua atividade, à cerca de ano atrás, o número de membros duplicou, envolvendo atualmente mais de 90 empresas e instituições. Neste sentido, deveremos assistir à alteração de embalagens e produtos de modo a que sejam recicláveis, e até de modo a incorporarem matérias-primas recicladas.

  1. Partilha de bens e serviços

Cada vez surgirão mais empresas que promovam a partilha de bens, permitindo a maximização da utilização e promovendo a posse em detrimento da propriedade de um produto. Um destes exemplos é a Mom-to-Mom, que é a primeira loja de aluguer de roupa para grávida e de criança em Portugal. Por outro lado, na área da mobilidade, os municípios têm incentivado a deslocação em meios de mobilidade partilhada, por exemplo, com a introdução de sistemas de trotinetes elétricas e com a inclusão da deslocação por táxi nos passes Andante e Lisboa Viva, nas zonas onde os transportes públicos não chegam. Também nos aparelhos tecnológicos e eletrodomésticos deverá haver mudanças neste sentido, uma vez que a União Europeia se prepara para incentivar a extensão do ciclo de vida dos produtos.

  1. Digitalização dos processos

Com o desenvolvimento das redes 5G em Portugal, podemos esperar uma crescente digitalização dos processos, uma vez que esta tecnologia permite a transmissão mais rápida de grandes quantidades de dados, provenientes de tecnologias de IoT ou de sensores nos equipamentos.

Esta tecnologia permite ganhos de eficiência através de uma maior rapidez nas operações das máquinas acompanhado de um crescente automatismo, e através de uma maior velocidade no processamento e análise de big data. Além disso, possibilita a proliferação de sistemas de rastreamento, que suportam a criação de modelos de reutilização.

Author: admin

Leave a Reply