• admin
  • Business, Economia circular, Gestão, Marketing, Negócio, Organizações, Stakeholders, Sustentabilidade, Uncategorized
  • No Comments

Redefinindo o propósito corporativo

A noção do propósito corporativo que prevaleceu nas últimas décadas, e que tem assentado na maximização dos lucros para o accionista, está hoje a ser amplamente discutida e naturalmente a ser posta em causa.

Esta lógica de que os interesses de curto-prazo do accionista podem estar totalmente dissociados do bem comum presente e futuro levanta justificadas questões morais sobre o papel das organizações na sociedade. A criação de emprego (e os seus inegáveis benefícios para a sociedade) não servem mais como a única resposta social que as organizações devem assumir. Neste sentido, as organizações devem procurar não só corresponder às ambições dos accionistas mas também às expectativas da comunidade, procurando eliminar os efeitos colaterais da sua actividade e alinhar interesses económicos, sociais e ambientais.

É uma prática generalizada das organizações definirem e reverem de tempo a tempo o tripé “missão, visão e valores”. Também é uma prática comum essa declaração ficar guardada na gaveta e paralelamente a estratégia, os processos e as acções não serem consistentes com os princípios assumidos.

Este é o tempo de redefinir o propósito corporativo. O propósito das organizações deve procurar resolver os problemas da sociedade e não apenas o lucro. Aos olhos da tradicional lógica de negócio, a responsabilidade social e ambiental podem parecer antagónicas dos anseios justificados dos accionistas na obtenção de lucro. Mas o que se propõe é uma visão de médio-longo prazo onde se gera lucro a partir de soluções que resolvam problemas da sociedade e do planeta, em vez de lucro com consequências negativas para as pessoas e para o ambiente. Os gestores devem colocar a sustentabilidade no coração do negócio e conduzir as suas organizações para o sucesso económico de médio-longo prazo. Assim, as organizações devem assumir de forma clara o seu propósito, isto é, que problemas pretendem resolver, de que forma e para quem. Esse manifesto para ser credível e para transparecer confiança aos stakeholders deve estar alinhado com a estratégia da organização e entranhado na sua cultura. Organizações com um propósito corporativo e que incorporem estratégias sustentáveis estão mais capazes de aumentar o valor do seu negócio e produzir resultados sustentáveis para os seus accionistas.

Na Humb propomos uma metodologia simples e eficaz de injectar propósito nas organizações: DURAR.

Definir: A organização deve definir de forma clara e perceptível o seu propósito.

Unir: O propósito deve unir toda a organização em torno dele e, como tal, deve ser comunicado internamente.

Reflectir: O propósito deve passar das palavras à acção e estar reflectido na estratégia e nos processos do negócio.

Assumir: O propósito deve ser comunicado para o exterior de forma transparente e credível.

Receber: O investimento em soluções para a sociedade e para o planeta é retornado à organização na forma de valorização de médio-longo prazo do negócio.

Author: admin

Leave a Reply