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Posso ser parte activa na erradicação da pobreza?

A Sustentabilidade é um tema que tem uma abordagem holística: não se fica por proteger e salvaguardar o ambiente sem se atender às necessidades humanas. Nem isso, nem o contrário. É uma visão integrada: ambiental, social e económica.

A erradicação da pobreza é o primeiro ODS – Objetivo de Desenvolvimento Sustentável – das Nações Unidas sendo que os ODS são compostos de 17 de objetivos e 169 metas a serem atingidas até 2030 pelos países membros da ONU.

O princípio deste ODS baseia-se em “reduzir, pelo menos a metade, até 2030, a proporção de homens, mulheres e crianças que vivem na pobreza extrema, em todas as suas dimensões.”

A questão da erradicação da pobreza está diretamente relacionada com a diminuição da desigualdade social, ou seja, com a questão social, pois o que é essencialmente a pobreza senão privação de bens e serviços essenciais (alimentação, saúde, vestuário, educação e habitação), de liberdade, de igualdade, de representatividade, ou seja, privação das condições mínimas para que os indivíduos possam participar da vida em sociedade, possam cumprir as suas obrigações e estabelecer as suas relações sociais.

Não se trata, pois, de um fenómeno natural e toda a sociedade tem um papel fundamental na conquista do sonho de erradicação da pobreza. A mobilização tem de provir de todas as fontes: individuo e sociedade, sector público e sector privado, a nível micro e a nível macro, local e global.

Para Jeffrey D. Sachs, autor de o “Fim da Pobreza”, diretor do Instituto Columbia e assessor especial do secretário geral da ONU para as Metas de Desenvolvimento do Milénio, há duas medidas que são essenciais e de extrema importância para o cumprimento da meta da ONU.

1. Mindset/ Imaginação moral de cada indivíduo: significa ter o conhecimento e a experiência de que há, realmente, países que vivem na extrema pobreza. Sentir essa realidade com os próprios olhos faz com que se torne uma responsabilidade de cada indivíduo.

2. Mudança das estruturas que causam a extrema pobreza: Por exemplo, há plantadores de algodão em África que vivem na extrema pobreza devido aos subsídios concedidos aos produtores americanos e europeus. O que faz com que o algodão venha a valer menos do que os custos de produção.

Ou seja, a consciência e a tomada de decisão tem de ser coletiva. O esforço tem que partir de cada indivíduo, de cada empresa, de cada economia,

No que toca às empresas – que são aqui o nosso alvo – estas desempenham cada vez mais um papel fundamental no desenvolvimento sustentável e na potencialidade que têm de tornar a nossa sociedade numa sociedade mais humana, justa e inclusiva:

  1. Se a sua empresa opera em regiões menos desenvolvidas, deve tornar-se parte da comunidade onde está inserida
  2. Deve ser uma fonte económica responsável, promovendo a riqueza local
  3. Deve conhecer os vizinhos e as suas habilidades e capacidades, ajudando ao seu empreendedorismo e partilhando valor
  4. Deve inovar e cruzar estes valores partilhados com os lucros da empresa e os benefícios da comunidade.
  5. Deve procurar atrair, reter e promover os melhores colaboradores e ser socialmente responsável, oferecendo programas de voluntariado, encorajando a filantropia e doando.
  6. Deve promover a educação dos colaboradores, fornecedores e clientes
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