Na indústria automóvel, conta-se a história de três produtores que queriam investir em sustentabilidade e assim tornarem-se no principal player do sector. Eram eles a Toyota, a Ford e a Tesla. A Toyota foi pioneira nos veículos híbridos, nos veículos a hidrogénio e entrou forte na corrida dos elétricos. A Tesla pôs as fichas todas nos veículos elétricos e com grande foco no desenvolvimento de baterias e tecnologia, além de todo o élan à volta do seu CEO. Já a Ford investiu muito num modelo de fábrica sustentável, produção ultra-eficiente, energia renovável, iluminação e ventilação natural, construção de baixo impacte, etc.
Hoje, temos a recém-aparecida Tesla no topo da lista dos fabricantes por valor de mercado e a Toyota no topo da lista dos fabricantes por volume de negócio. A Ford aparece no 15º lugar em valor de mercado e em 4º lugar em termos de volume de negócio.
A discussão não é sobre a indústria automóvel (até porque percebemos pouco disso), o ponto é sobre o foco da estratégia de sustentabilidade. Se fizermos uma análise ciclo de vida de um automóvel chegamos à conclusão que a maior fatia do impacte ambiental está no uso, representando cerca de 85% da pegada total. A produção do veículo representa qualquer coisa como 12%, e o fim-de-vida representa menos de 3% (dados retirados do Financial Times). Estes valores variam em função da fonte de energia, da durabilidade e da dimensão do veículo. Estes dados são esclarecedores para se perceber que a estratégia de sustentabilidade da indústria automóvel deve passar, acima de tudo, pela redução dos impactes no uso. Foi o que a Tesla e a Toyota fizeram e estão a colher os louros disso. A Ford falhou o foco da estratégia de sustentabilidade, apesar das boas intenções e do avultado investimento alocado.
O foco é determinante numa estratégia de sustentabilidade:
O sucesso ou insucesso de uma estratégia de sustentabilidade passa por responder a estas questões.