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Empresas regenerativas: o caso da Walmart

Para quem não conhece nem ouviu falar, a Walmart é uma empresa americana e é a maior retalhista do mundo com receitas superiores a 500 mil milhões de dólares. Continua na liderança há mais de uma década sendo seguida, em 2020, pela Costco Wholesale, que mantém a posição do ano anterior, e pela Amazon.

Não é apenas neste ponto que a Walmart se destaca na liderança.

Há 15 anos que esta empresa decidiu percorrer o caminha da sustentabilidade, desafiando-se a alcançar o ambicioso objetivo de emissões zero em todas as suas operações, à escala global, até 2040.

A Walmart não pretende apenas descarbonizar, mas antes, quer ir mais além, quer tornar-se uma empresa verdadeiramente regenerativa, trabalhando para restaurar, renovar e reabastecer, além de preservar o planeta, exortando e encorajando os outros a fazer o mesmo.

Como?

Ajudando a proteger e a restaurar a Natureza:

Através da sua Fundação, a Walmart comprometeu-se a restaurar, pelo menos, cerca de 20 milhões de hectares de terra e um milhão de milhas quadradas de oceano até 2030. Para fazer isso desenvolverá e apoiará esforços para preservar o habit natural na mesma proporção da utilidade que a sua empresa dele retirou. Visa impulsionar a adoção de práticas agrícolas regenerativas, uma gestão sustentável da pesca e proteção e restauração florestal, bem com investir e trabalhar com fornecedores para obter recursos de esforços baseados em plantas que ajudam a preservar os ecossistemas naturais e melhorar a subsistência.

Utilizando energias renováveis:

As instalações da Walmart funcionarão com energia 100% renovável até 2035. A empresa pretender eletrificar e, desta forma, anular as emissões de todos os seus veículos e pretende também substituir todas as suas máquinas refrigerantes para máquina que sejam de baixo impacto. Tudo isto usando apenas energia eólica, solar e outras fontes renováveis.

Desperdício zero e cadeia de abastecimento totalmente sustentável para as pessoas e para o planeta:

Para além de desviar cerca de 80% dos seus resíduos de aterros e incineração em todo o mundo, a Walmart estabelece as suas parcerias com base em critérios de sustentabilidade. Ou seja, atraindo-os para a sua filosofia, gere as suas relações com todos os intervenientes da sua cadeia de abastecimento através do seu programa Projeto Gigaton, que visa evitar um gigaton de emissões de gases de efeito estufa até 2030. Mais de 2.300 fornecedores já se encontram inscritos e, desde que o esforço foi lançado em 2017, os fornecedores relatam que um total de 230 milhões de toneladas métricas de emissões já foram evitadas.

Para além disso, investiu em eficiência operacional através da padronização das embalagens dos produtos, da inclusão de tags RFID e do cross-docking nas plataformas logísticas, permitindo-lhe reduzir custos e ganhar margens internas.

Estamos perante um gigante em termos de inovação que apostou em reinventar-se, comunicar ao mundo inteiro a sua postura e captar associados para a sua filosofia, integrando-os numa cadeia de sucesso e valor acrescentado.

Ao investir com esta garra em sustentabilidade a Walmart consegue um mundo melhor e o melhor dos dois mundos: para além de uma imagem de marca e notoriedade imbatíveis com impacto brutal no volume de vendas (tal como referido no início, encontra-se no 1.º lugar em termos de faturação) a sua estratégia sustentável permitiu-lhe baixar os custos e a verdade é que todos saem a ganhar. É uma história de verdadeiro Smart Business e comprometimento com o verdadeiro objetivo da sustentabilidade, o famoso Triple Bottom Line “Profit, People and Planet”.

O tecido empresarial português tem aqui uma intimação expressa para inovar e planear o que deseja para o seu futuro: apanhar o comboio ou ficar perdido num distante e deprimente apeadeiro. Na sala de aula também acaba virado para a parede quem perde a lição e num futuro assim não tão longínquo haverá um cantinho para os “mal-comportados”, um cantinho esquecido do qual os nossos empresários não querem seguramente fazer parte.

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