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A transparência é a alma do negócio

Durante décadas ouvimos que o segredo era a alma do negócio. Pois bem, pode custar a acreditar, mas ele não é mais, a transparência veio tomar o seu lugar. Na era da sustentabilidade, a transparência é a alma e um diferenciador do negócio. A mudança de paradigma é de tal forma radical que o ajuste à nova realidade vai levar anos a acontecer para muitas organizações. Muitas delas vão negar e vão resistir, tentando sobreviver no velho modus operandi, outras vão conseguir adaptar-se à nova realidade, e algumas pioneiras já estão liderar o mercado da sustentabilidade e da transparência.

A sustentabilidade e a transparência andam de mãos dadas, são companheiras de vida e são indissociáveis. Obrigatoriamente, quem quiser ser líder numa economia verde terá que tomar a transparência como um pilar fundamental do negócio. Não era da transparência não basta afirmar que se é sustentável, é fundamental suportar tais claims com dados mensuráveis e relevantes, quer seja dos impactes da organização, quer seja do produto. Sob pena da comunicação ser interpretada como enganosa ou greenwashing, os reguladores, os investidores, os seguradores, os clientes e os consumidores estão a exigir mais e mais informação fiável e confiável. Querem averiguar as políticas de governance, a estratégia de médio-longo prazo, o diagnóstico de materialidade, a rastreabilidade da supply chain, as condições de trabalho, a pegada de carbono e as certificações.

Como pode uma organização ser transparente?

Para uma organização comunicar de forma transparente deve:

  1. Previamente, quantificar os seus impactes, através de uma Análise Ciclo de Vida orientada pelos princípios do Green House Gas Protocol
  2. Comunicar internamente o estado de maturidade de sustentabilidade da organização e como pretende estar nos próximos 3, 5, 10, 20 anos
  3. Comunicar com os stakeholders sob a forma de Relatórios de Sustentabilidade, usando o referencial GRI (Global Reporting Initiative)
  4. Providenciar publicamente e regularmente informação exaustiva sobre as emissões de gases de efeito estufa da organização através da plataforma internacional Carbon Disclosure Project, obtendo um score em relação ao seu grau de transparência
  5. Usar os principais canais de comunicação da organização (website, e-mail, redes, catálogos, etc) para prestar informação relevante, transparente e quantitativa dos seus impactes
  6. Comunicar no produto a pegada de carbono e os atributos relevantes
  7. Atestar as informações prestadas com certificados credíveis emitidos por entidades externas

Lembre-se: a sustentabilidade é uma jornada. Mais importante do que o estado em que estamos é o ponto para onde pretendemos ir e que esforços desenvolvemos para atingir esse fim. Não tenha receio de começar já a comunicar de forma transparente a sua maturidade de sustentabilidade, a jornada começa hoje!

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