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Critérios ESG

Quando falamos em sustentabilidade, a conversa é muito mais do que falar do ambiente. Falar do ambiente é importantíssimo, mas não é suficiente. O impacto que as organizações e empresas têm a nível social e económico tem vindo a captar o olhar atento de consumidores, parceiros económicos, trabalhadores e investidores.

A título de exemplo do crescimento destas preocupações nas novas gerações, um estudo de 2016 da Cone Communications, 75% dos millennials estão dispostos a ter um corte no salário para trabalhar numa empresa socialmente responsável. De acordo com outro estudo, da Nielsen, 73% dos millennials pagam mais por produtos ou soluções sustentáveis.

Esta realidade está materializada pela Organização das Nações Unidas nos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável- e questões que eram subjetivas ganham metas quantitativas, procuradas e desejadas por cada vez mais e mais pessoas.

O que são os critérios ESG?

São os critérios de sustentabilidade: Environmental, Social and Governance (em português, Ambiental, Social e de Governança). Ou seja, os comportamentos desadequados que no passado foram aceites de um modo geral são agora absolutamente censuráveis e as empresas precisam de mostrar que são, cada vez mais, sustentáveis. Seja do ponto de vista ambiental e ecológico, seja do ponto de vista social e económico.

Ora, os critérios ESG surgiram como parâmetros para avaliar a performance das empresas neste contexto. O que são:

Environmental (Ambiental): indicam como a empresa se relaciona com o meio ambiente. Não só como usa os recursos naturais (como a água e energia), mas também o que lança ou devolve à terra, à atmosfera, aos rios e aos mares (lixos, gases, etc).

Social: aqui falamos do modo como a empresa se relaciona com os seus trabalhadores, clientes, fornecedores e com a comunidade onde está inserida. Indicadores como os direitos dos trabalhadores em questões de saúde e segurança são indicadores-chave.

Governance (Governança): refere-se às práticas de gestão empresariais, incluindo as políticas de diversidade, equidade (p.e. nas remunerações) ética e transparência, direitos dos sócios e acionistas, a estratégia tributária e medidas anti- corrupção.

Como impactam as empresas?

 Hoje em dia, por exemplo, já não é admissível uma empresa operar com trabalho infantil. O mercado reagirá de imediato. Cada vez mais o mundo dos investimentos está atento às boas práticas das empresas que quando as reportam devidamente ganham a confiança dos mercados e dos investidores. A expectativa relativamente ao modo como as empresas se relacionam com o meio ambiente e social é também dos clientes, trabalhadores e fornecedores que estão atentos aos relatórios anuais de sustentabilidade que as empresas publicam.

E não se trata apenas do já está feito, mas também do que a empresa pretende alcançar no futuro. Não basta relatar o passado. A empresa deve projetar o seu caminho e informar os riscos e as oportunidades para futuro, incluindo estes critérios ESG na sua cultura e modo de operar.

A tendência é que as empresas social e ambientalmente responsáveis sejam reconhecidas pelos seus esforços, à medida que o mercado vai rapidamente colocando estes tópicos no topo das prioridades.

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